sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Espanha no topo

O ano aproxima-se do fim e é quase obrigatório passá-lo em revista. O mundo do desporto não escapa à regra. Apesar da vitória da China nos Jogos Olímpicos, dos recordes de Michael Phelps e da performance de Isinbayeva, ambos nessa mesma competição, o vencedor este ano é outro. Aqui mesmo ao nosso lado. A Espanha obteve em 2008 resultados espantosos em quase todas as modalidades. Senão, vejamos: Carlos Sastre venceu o Tour de France deste ano, sucedendo a outro espanhol, Alberto Contador que, por seu turno, juntou em 2008 a conquista do ano transacto à vitória no Giro e na Vuelta (apenas o quinto ciclista na história a conseguir tal feito); em hóquei em patins, a selecção espanhola masculina juntou ao campeonato do mundo de 2007 a conquista do europeu frente a Portugal; no ténis, Rafael Nadal destronou Roger Federer do primeiro lugar do Ranking ATP e venceu pela primeira vez Wimbledon, um recinto onde historicamente os jogadores espanhóis passam por dificuldades; na final de basquetebol em Pequim, Pau Gasol e companhia deram bastante trabalho a uma selecção dos EUA mais séria; até no futebol, onde os espanhóis se queixam do escasso número de vitórias a nível de selecção, foram premiados (justamente) com o título de campeões europeus, 46 anos depois da primeira vitória. Uma demonstração de que “nuestros hermanos” são cada vez mais uma potência desportiva a nível mundial.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

"Yes, he can!"

Mais do que vitória nas presidenciais americanas, Barack Obama consegui um outro feito, talvez ainda mais importante: criou uma onde de entusiasmo no povo americano e também, por incrível que pareça, na Europa e em outros cantos do mundo. Não sei se por ser negro, se pelos seus ideais fortemente marcados pela mudança, a verdade é que Obama tem inspirado as pessoas no sentido da esperança e o seu 'slogan' de campanha é um bom exemplo. Visto como alguém que vai mudar o mundo, alguém que angariou um capital de confiança quase cega entre os que o seguem e o respeito dos restantes, Obama vai por isso mesmo ter a fasquia elevada. Depois do impacto positivo que causou nestas eleições, não se espera outra coisa senão que o sucessor de Bush faça o mesmo quando tomar posse. Por isso, e tal como tem sido até aqui, Barack Obama não se ficará pelo vulgar. Ou irá de facto concretizar a mudança que tanto apregoa…ou será certamente um fiasco. Mas tenho para mim que a segunda opção dificilmente se concretizará.



PS: A política em Portugal poderia dar uma olhadela no exemplo de Barack Obama no que toca a inspirar a população jovem. Bem sabemos como andam alheados da política no nosso país e precisam de alguém que os cative...

sábado, 18 de outubro de 2008

E agora, Queiroz?

Como quase todos os portugueses, também eu pensei que a selecção de futebol levaria de vencida, com maior ou menor dificuldade, a Albânia. Aliás, até os próprios jogadores pensaram que assim seria, que mais cedo ou mais tarde a bola acabaria por entrar. Não foi assim, e Portugal é agora, entre as selecções favoritas a vencerem o seu respectivo grupo (Itália, Inglaterra, Espanha, etc), aquela que está em pior lençóis, em situação mais difícil ainda do que França e Rep. Checa, que dependem só delas próprias para garantir o apuramento, mesmo estando atrás do primeiro.
Como seria de esperar no seguimento deste choque, publico em geral e imprensa desportiva em concreto caíram em cima do seleccionador a quem outrora chamaram de “escolha natural para o lugar, já que Mourinho não podia”. Trocando por miúdos, Carlos Queiroz era considerado, quando foi escolhido para o cargo de seleccionador, o segundo melhor treinador português da actualidade, apenas atrás do Special One (agora “Il Specialle”). Mesmo depois do desastre que foi a campanha para o mundial 94, quando estava à frente da equipa. Pensou-se: Já se passaram mais de dez anos, a FPF está hoje diferente, mais organizada, livre da célebre “porcaria”; Queiroz tem outra experiência e uma passagem bem sucedida pelo Machester. United, com inúmeros elogios de Ferguson às suas capacidades; a equipa tem qualidade mas acima de tudo um forte espírito de grupo como nunca houve. Todas estas condicionantes levaram à opção Queiroz. Acredito que hoje Madaíl caminhe para o arrependimento. Mesmo com o voto de confiança dado, Queiroz caminha sobre brasas. E, ainda pior que o resultado, que pode ter hipotecado as nossas hipóteses de estar no mundial, é a ausência de capacidade em assumir que se falhou! Faltar a um flash interview no seguimento de um resultado destes cheira sempre a medo de assumir perante os portugueses que a exibição foi fraca e que as coisas estão complicadas. Especialmente para quem tem obrigação de dar a cara nas más alturas… Acredito que nesta altura a pergunta maior seja: despedir Queiroz já, para satisfazer a opinião pública e ligar os portugueses com a selecção mas, principalmente, salvar o apuramento? Ou esperar que as coisas ainda sem resolvam e dar mais uma oportunidade ao treinador, até porque realizou apenas 5 jogos? Cá para mim, estou como um adepto espanhol que comentava uma notícia da “Marca” sobre o jogo de Portugal: “Os portugueses parece que já não sabem como é com o Queiroz. Bem se viu quando ele esteve no Real Madrid…”

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O novo prodígio do ténis feminino

Na última vez que falei de Michelle Brito, a tenista portuguesa havia derrotado uma adversária do top 100 do ranking WTA. Passou-se quase um mês e Michelle derrotou mais três adversárias do Top 100 e depois de derrotar Flavia Pennetta, décima oitava, encarou nos olhos "só" Svetlana Kuznetzova, a quarta melhor jogadora do mundo e por pouco nao levou a russa de vencisa num dos torneios de maior prestígio do circuito mundial.

Fantástico, para quem tem apenas 15 anos e compete já entre os melhores do mundo. É verdade que o ténis é dos desportos onde o talento desponta mais cedo - Sharapova venceu Wimbledon com 17 anos, Kournikova e Nadal já eram fenómenos antes dos 20 -, mas Michelle arrisca-se a bater recordes de precocidade. Será difícil vencer um torneio sénior com tão tenra idade mas a verdade é que anda lá cada vez mais perto. E o reconhecimento do seu valor pelas adversárias e público começa a aparecer.

No outro extremo andava Federer. Pelos vistos andava enganado com a capacidade de resposta do suiço. Nadal pode tornar-se número um do mundo se vencer o torneio de Cincinnati e quebrar o longo reinado de Federer. Para muita pena minha, que idolatro o ainda número do mundo, mas a verdade é que reconheço o péssimo ano de Federer, que deste Wimbledon ainda não passou dos oitavos num torneio. Voltará ao seu melhor?

terça-feira, 15 de julho de 2008

Porque o país nao vive (ou não deveria viver) apenas de futebol...

Nélson Évora, Tiago Monteiro, Michelle Brito e equipa de râguebi de sevens. Todos eles resolveram fazer-nos esquecer por um pouco o Apito Final, as caricatas reuniões do Conselho de Justiça da FPF e os discursos e recursos de Benfica e Vt. Guimarães nas instâncias jurídicas do futebol europeu. Ainda mal a época começou e já há polémica por todos os lados. Para durar até quando?

Seja como for, o domingo passado deu-nos algo de orgulho. Nélson Évora, o único dos acima enumerados que vai a Pequim, demonstrou que é um sério candidato ao ouro, depois da vitória no triplo Salto, no Meeting de Atenas, onde alcançou a sua melhor marca do ano; Tiago Monteiro voltou a vencer uma etapa do WTCC e logo em casa, no Estoril; a equipa de râguebi de sevens comquistou o sexto título europeu da especialidade nos últimos 7 anos; Michelle Brito venceu a 57ª do ranking WTA num torneio nos EUA e esta tarde derrotou a número 34 no mesmo torneio!

Fantástico, no caso de Michelle, se considerarmos que tem apenas 15 anos e uma enorme margem de progressão. Os amantes do ténis em Portugal poderão vir a ter um atleta nacional a disputar as principais provas do circuito e, eventualmente, a arrebatá-las. Michelle é uma estrela em ascensão...e é nossa (pese viver nos EUA). Ah, e vai defrontar amanhã umas das maiores tenistas dos últimos anos, Serena Williams. Que disfrute do desafio, sem qualquer pressão.

Confirmação, no caso de Nélson. É, a par de Vanessa Fernandes, a grande promessa para uma medalha nos JO. Vem de uma senda de vitórias e quererá culminar esse período com a medalha de ouro na China

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Bergessio onde?

Possivelmente a anedota do ano...

http://www.ole.clarin.com/notas/2008/07/06/futbollocal/01709193.html

http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=144212

Rafael Nadal, novo número um do mundo?

Para quem não era apreciador de ténis, depois de ter assistido à final do Torneio de Wimbledon é certo que mudou de opinião. Um hino ao ténis, a lembrar os duelos Sampras-Agassi. Se no ano anterior, no mesmo local, Nadal colocou inúmeras dificuldades a Federer, num jogo também ele mágico, este ano as expectativas foram superadas e Nadal venceu mesmo. Foi só a final mais longa da história do torneio, jogada em quatro horas e 50 minutos (pelos parciais de 6-4, 6-4, 6-7(5), 6-7(8) e 9-7), arriscando a ser adiada para o dia seguinte...porque estava a escurecer! E confirmou-se. Mais depressa Nadal ganhava em Wimbledon que Federer vencia em Roland Garros. Resta saber como vai o suiço reagir no último grande slam da temporada, nos EUA, embora me pareça que não vai deixar fugir o seu quinto título consecutivo no US Open, especialmente depois do revés de ontem.

Talvez a vitória de Nadal no piso de Federer seja sinal de que o nº1 do mundo tem o trono ameaçado. Não creio. Federer, como um dos melhores jogadores da história - senão o melhor - vai reagir em grande. Mas a verdade é que Nadal, com 21 anos, tem tudo para marcar (ainda mais), esta geração, como o suiço já o fez.

Apesar da vitória do maiorquino, a passagem de testemunho não está para breve.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Bola ao ar

Tinha necessidade de escrever. Tinha paixão pelo desporto. Está explicado o porquê de ter aderido ao mundo dos blogues. . Isto de criar um já vagueava há um certo tempo na minha mente, mas decidi-me a criá-lo neste exacto momento em que estou a marrar para Sociologia da Comunicação. Elucidativo. Quem a conhece concerteza compreende porque estava a pensar nos blogues (ou noutra coisa qualquer).

Acho que fui levado a criar um blogue. Por quem? Por todos. Quem não tem um hoje em dia? Mas, sinceramente, faço-o porque PRECISO.

E porque o nosso país vive quase exclusivamente de futebol e intrigas (no futebol), talvez uma achega a outros desportos fosse uma lufada de ar fresco. Já que as outras modalidades não vão atingir 10% do protagonismo do futebol na próxima centena de anos...quem sabe num blogue poderemos ver um cenário diferente?

No entanto, o primeiro post a sério vai ficar para outro dia, porque a Sociologia da Comunicação chama-me...arranjarei maneira de mais tarde vos dar atenção em detrimento dela. Comecemos, à maneira basquetebolística, com uma bola ao ar...