quinta-feira, 28 de maio de 2009

Maior proeza...so far

Fantástico! Michelle surpreendeu tudo e todos ontem, ao eliminar a 15º do ranking, tornando-se a primeira tenista portuguesa a jogar a 3º ronda de um Grand Slam. No início de Roland Garros, Michelle já era a tenista lusa mais jovem de sempre a disputar um dos quatro torneio principais do circuito, superando os 18 anos que Nuno Marques tinha quando disputou o US Open. Depois de uma performance no Estoril Open que, mesmo com vitória épica na 2º ronda do qualifyng, acabou por ser criticada, a menina-prodígio fez ontem o melhor resultado da sua carreira e um dos melhores de sempre do ténis português. Se havia dúvidas, Michelle confirmou que tem capacidade para chegar bem mais longe. Por enquanto, o top-100 espera-a. Se o nervosismo e a inexperiência já a traíram diversas vezes, a garra e a qualidade (aos 16 anos, tem uma pancada já bastante forte) que tem permitem que faça coisas como as de ontem. Amanhã, mais um duelo com Aravane Rezai, que a eliminou em Miami. Acima de tudo, que desfrute do jogo. Quando assim é, os nervos desaparecem e a qualidade vem ao de cima.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ganhar estaleca

Um dia depois de Frederico Gil ser eliminado por David Ferrer, Michelle e Rui Machado puseram, pela primeira vez, dois portugueses na 2º ronda de Roland Garros. Apesar de ser o melhor classificado entre os três, não foi nenhuma desonra para Gil ter ficado logo pelo caminho na primeira ronda. O adversário que lhe calhou em mãos era só o 14º do mundo e alcançou há pouco tempo a final do Torneio de Barcelona. Rui Machado também encontrou um tenista mais cotado mas ainda assim bem mais acessível. O que não lhe retira qualquer mérito á vitória, que conquistou com muito suor – mais de três horas de jogo. Já Michelle Brito tornou-se a primeira tenista portuguesa a passar a primeira ronda do torneio parisiense. Também frente a uma tenista com melhor ranking e depois de ter perdido o primeiro set por 6-0. À menina-prodígio, apesar do talento, falta-lhe controlar as emoções dentro do court, o que é compreensível dada a sua idade. A própria Michelle já admitiu que entra nervosa e isso afecta o seu rendimento. Mas é em palcos como Roland Garros que irá adquirir mais fibra e tornar-se numa melhor jogadora. Ninguém lhe pede que seja uma Martina Hingis ou Sharapova, atletas que antes de completarem 18 anos já tinham vencido pelo menos um dos quatro Grand Slam. Contudo, vai com certeza dar muitas alegrias ao ténis português. E calar os que a criticaram depois do Estoril Open.

domingo, 17 de maio de 2009

Olhanense volta à primeira divisão


Vou hoje abrir uma excepção, não só porque vou falar de futebol mas também porque à primeira vista posso estar a dar um pontapé na imparcialidade.Mas esta situação não me deixou indiferente, nem por sombras.
Pois bem, abro este post para me referir à vitória do Olhanense e consequente promoção do clube à primeira divisão, 35 anos depois. A festa foi rija durante a tarde e promete continuar noite fora.
Em primeiro lugar, é fantástico para a região, que volta a ter um clube na liga principal depois do Farense. Em segundo lugar, para a própria cidade, que pode desfrutar da visibilidade que a equipa local vai ter no próximo ano e continuar a sua expansão.
Um subida justa – o Olhanense andou nos lugares de subida durante praticamente toda a campanha –, que tem a mão de vários intervenientes: desde o presidente Isidoro Sousa, que criou um projecto sólido com vista a colocar o clube na liga Sagres e antecipou esse objectivo, inicialmente projectado para 2009/2010; o treinador Jorge Costa, que pegou num clube que esteve perto de subir nas duas últimas temporadas mas falhou perto do fim; e, como é óbvio, os jogadores, que constituíram um plantel que juntou a experiência de atletas como Djalmir, Rui Duarte ou Toy com jovens promessas como Ukra, Castro ou João Gonçalves. A política de empréstimo de jogadores junto dos grandes deu resultado e espera-se que a direcção consiga manter não só essas promessas como o próprio técnico.
Agora, vem o mais difícil: consolidar o clube no principal escalão do futebol nacional e evitar o futuro que alguns arautos da desgraça prevêem na senda do Farense. Mas é indiscutível que os responsáveis têm um projecto nesse sentido, desde o novo complexo desportivo, que permitirá uma maior aposta na formação, passando por um investimento de marketing no Kit do clube.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Perdedora com sorte

Depois da maratona de 4 horas a que se sujeitou no segundo jogo do qualifyng para o Estoril Open, Michelle Brito acabou por ter a recompensa. Mesmo perdendo no jogo seguinte com Elena Bovina – que diferença de altura para com a portuguesa!! – Michelle acabou por ser uma “lucky loser”, ou seja, foi repescada para o quadro principal da prova. Isto fruto da desistência de outra tenista e por Michelle ter o melhor ranking entre as eliminadas na última ronda.
Lembro que a tenista portuguesa recusou o “wild card” de João Lagos, o organizador do torneio, para entrar directamente no quadro principal, exactamente por querer disputar o “qualifyng” para obter mais pontos. Juntamente com o talento, a sorte acabou por sorrir a Michelle Brito. Agora é disfrutar, sabendo que vai contar com o apoio intensivo do público, como tem sido nos últimos dias.
Já Rui Machado e Neuza Silva foram eliminados, mas não envergonharam, antes pelo contrário. Neuza esteve até perto de vencer a principal cabeça de série do Estoril Open mas fraquejou no final e Rui Machado perdeu com o 69º do mundo. Fica a faltar o jogo mais aguardado. O serviço está agora do lado de Frederico Gil.

"King" James

Tem 24 anos e foi considerado o MVP da época regular, assim como o segundo melhor defensor da temporada. Na parte de trás do seu “jersey” ostenta o nº23. Não, não é o 23 mais célebre da história, mas este também tem vindo a fazer história. É de LeBron James quem falamos. Hoje tornou-se o vencedor mais jovem de sempre do troféu de homem mais valioso da NBA e continua a quebrar recordes, depois de se ter tornado há tempos o mais novo a chegar aos 12 mil pontos. Mas se fossemos falar dos recordes de “King” James nunca mais isto acabava. Para saberes esses dados tens o site da NBA e a wikipédia. O que interessa aqui é que LeBron é cada vez mais a figura da NBA, tal como em tempos o foi Michael Jordan. E, como é habitual, as comparações sucedem-se. Não só com Jordan, mas com outros monstros da modalidade, como “Magic” Johnson e Óscar Robertson, atletas que reinaram no seu tempo e, acima de tudo, eram jogadores completos. Tal como James é. As suas médias comprovam-no – 27,5 pontos, 7 ressaltos e 6,7 assistências por jogo. Este ano, ameaça levar de vez os Cleveland Cavaliers ao seu primeiro título, na sua sexta época como profissional. Jordan, por exemplo, levou os Bulls ao seu primeiro título na sua sétima época na liga. A partir daí foi o que se sabe. Não quero com esta comparação fazer qualquer tipo de futurologia, dando a entender que James fará com os Cavs o mesmo que Jordan fez com os Bulls. Até porque Jordan só há um, não só pelos números e títulos que obteve na carreira mas principalmente pela classe, elegância, determinação e importância que teve na projecção da modalidade. Mas no trono que Jordan deixou vago, nunca ninguém se aproximou tanto da sucessão como LeBron. Nem mesmo Kobe.

domingo, 3 de maio de 2009

Uma final na primeira ronda

O sorteio do Estoril Open não foi generoso para Frederico Gil. O adversário que lhe calhou em mãos, James Blake, é só o número 16 do mundo e o 4º cabeça de série no Jamor. Mas como disse há uns dias, a questão da motivação pode ser importante. Para além de jogar em casa, Gil ainda vem de uma grande prestação num challenger, onde apenas perdeu na final para Gaston Gaudio, que em tempos andou pela elite mundial e chegou a vencer Roland Garros em 2004 e o…Estoril Open. Blake, esse, já teve melhores dias também (esteve no top-5 em 2006) e o pó de tijolo não é o seu terreno favorito. Ainda assim, não deixa de ser um opositor dificílimo para Gil. Se vencer, o tenista português pode embalar para uma grande prestação nesta competição.
Já Gastão Elias prossegue a sua saga no qualifyng e está apenas a uma vitória da entrada no quadro principal. Seria excelente que se juntasse a Gil e Rui Machado.
Michelle também venceu ontem e está confiante nas suas futuras prestações:

http://www.record.pt/noticia.aspx?id=96e886a3-f292-4867-a009-041abe81b65b&idCanal=114e7ca2-d72f-44fb-9c4a-880172108daf

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Épico!

Arriscou em quantos prolongamentos ontem, no Celtics-Bulls? Um? Dois? Pois bem, foram três prolongamentos e o melhor jogo de basquetebol a que assisti. Foi o quarto jogo em seis com tempo extra, três deles com vitória dos Bulls, que só venceram nesta série para lá do 4º período. Emotividade, espectáculo (Noah rouba uma bola decisiva a Paul Pierce no último prolongamento e termina a afundar de forma espectacular, tirando a sexta falta ao capitão dos Celtics), picardias, etc. O jogo teve de tudo. Inclusive um grande Ray Allen, que acabou com 51 pontos – nove triplos – e parecia capaz de marcar tudo o que fosse cestos decisivos em cima do apito final. A equipa de Chicago é bastante jovem, mas tem garra para dar e vender e tem batido o pé com firmeza aos campeões. Fica a questão: se Kevin Garnett estivesse presente, Boston teria tido todas estas dificuldades? Talvez não. Mas muito mérito também para os Bulls. A perder por quase dez pontos nos minutos finais do quarto período e com a eliminação à vista, foram buscar forças (aqui Brad Miller foi decisivo, depois de Derrick Rose ter feito uma primeira parte excepcional e John Salmons coleccionado 35 pontos) para se manterem vivos na eliminatória. Enfim, quatro horas de duração, um resultado final de 127-128 e decisão adiada para amanhã sobre quem acompanha Orlando nas meias-finais. E com direito a prolongamento, claro.

Estoril Open

A um dia do início do Estoril Open, Frederico Gil e Rui Machado defrontam-se hoje nos quartos de final do Tunis Open. Ou seja, um português estará necessariamente na meia-final e daí é um “pequeno” passo para o jogo decisivo do Torneio. È certo que este é um Challenger, categoria abaixo de um torneio ATP – que Gil tem como objectivo vencer um dia –, mas não é todos os dias que dois portugueses se evidenciam num torneio internacional, numa modalidade que historicamente não tem muitas razões para sorrir em Portugal, se comparada com o futebol ou o hóquei em Patins. Uma boa prestação poderá também galvanizar ainda mais os dois atletas para o Estoril Open, onde Frederico Gil tem aspirações. Os adversários, como David Nalbandian ou Gasquet, são cotados, mas sonhar não custa. Um atleta motivado, como é o caso de Gil, pode superar-se nos momentos mais importantes.

Em entrevista ao jornal Record, o tenista português reitera o desejo de vencer o torneio um dia, mas não se considera ainda o melhor português de sempre, pelo menos em termos exibicionais:

http://www.record.pt/noticia.aspx?id=ebb45cff-257c-4d31-88dc-5e6f08761cdc&idCanal=00000117-0000-0000-0000-000000000117