quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Rei não morreu

O adeus de um ídolo que nos últimos tempos parecia caído em desgraça e até desligado de algum público musical tem agora um efeito inverso avassalador: se for ao Youtube e visualizar o épico “Thriller” vai ver que os comentários chegam separados por meros…3 segundos!! Os vídeos póstumos são criados em catadupa e de seguida comentados por saudosos e destroçados fãs.
Michael Jackson esteve arredado dos palcos mas isso não lhe custou nem um décimo dos seguidores que hoje fizeram questão de dizer “presente”. Amanhã será tema de conversa em todos os lados e serão recordadas a sua voz fenomenal, os maravilhosos passos de dança e o seu característico e incontornável “moonwalk”.
Os mitos são imprevisíveis. Infelizmente, a pouco tempo de voltar aos palcos, o destino preparou a Michael Jackson a pior surpresa que se pode receber. Mas nomes como o cantor afro-americano e, recentemente, Paul Newman não morrem. Perduram para toda a eternidade. Alguém se vai esquecer daquela dança conjunta com Zombies em “Thriller”?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Batata quente nas mãos da FIA

A crise (não propriamente a financeira, embora também tenha influência nesta) está definitivamente instalada na Fórmula 1. A FIA, que organiza o Campeonato do Mundo da modalidade, não abdica dos seus princípios que é, como quem diz, de um tecto orçamental para as escuderias que vão participar na próxima edição da Fórmula 1: 45 milhões de euros para salários e liberdade técnica ou tecto orçamental para o desenvolvimento do carro e liberdade de salários. A FOTA, a associação das equipas da Fórmula 1, não aceitou nenhuma destas condições, nem mesmo o limite orçamental de 100 milhões que o patrão da FIA propôs, e vai avançar com um campeonato paralelo, o que ao mesmo tempo significa concorrência para a entidade regulador do desporto automóvel. Já ouvi amantes da modalidade dizerem que os tectos orçamentais são positivos e necessários, na medida em que vão possibilitar o regresso de equipas míticas e dar mais possibilidades às escuderias menos poderosas do ponto de vista económico. Portanto, traria mais competitividade aos Grandes Prémios. Outros dizem que a F1 é o campeonato das equipas de elite e que os tectos orçamentais iriam arruinar o espírito da Fórmula 1. Por outro lado, os argumentos da Federação Internacional de Automobilismo, para quem é necessário conter os gastos em tempo de crise e daí a imposição de um tecto orçamental, dão também o reverso da medalha. Sinceramente, não sei quem terá razão neste imbróglio. Mas numa coisa não tenho dúvidas: a F1 vai passar pior se vir, efectivamente, 8 equipas da FOTA avançaram para um campeonato paralelo, do que passaria se permitisse “livre” contenção de gastos às equipas. Se analisarmos bem, as escuderias “desertoras” são só a Ferrari, a McLaren, BMW, Renault, Brawn GP, Toro Rosso, Red Bull e Toyota. Das principais, fica apenas a Williams na competição da FIA. As grandes estrelas, Button, Hamilton e outros, não vão abandonar as suas equipas, mesmo que estas abandonem a F1. Não faz sentido, até porque são as melhores e num campeonato concorrencial não têm limite salarial. E, acima de tudo, continuam a competir com os melhores.

domingo, 7 de junho de 2009

Super atleta tem limites

A final de Roland Garros deste ano reservou uma meia surpresa. E acabou por ser do lado de quem menos se esperava. A eliminação de Nadal na 3º ronda, apesar de chocante, tem explicações. O número um mundial tem sido sujeito a um esforço tremendo, fruto do seu estilo de jogo mais “pesado” e que exige uma enorme disponibilidade física. A derrota no Torneio de Hamburgo, se não estou em erro, com Federer já podia servir de indício, depois de uma meia-final desgastante. Nadal não vai cair com a sua primeira derrota de sempre em Roland Garros, mas viu-se que aquele super-atleta tem limites. Por outro lado, também há que dar mérito a Soderling, que confirmou depois que a vitória sobre o espanhol não foi obra do acaso. Eliminar González também não é para todos. Quem saiu a rir (hoje se verá se tinha razão) foi Federer que, sem a sua besta negra pela frente, tem a possibilidade de igualar Sampras. “Fedexpress”, que já confessou o seu nervosismo antes dos jogos, é favorito mas…vai ter de suar frente a um adversário motivadíssimo. É a grande oportunidade para o suíço vencer o open de Paris, visto que para o ano Nadal deverá estar de volta à final do seu torneio de eleição