Como quase todos os portugueses, também eu pensei que a selecção de futebol levaria de vencida, com maior ou menor dificuldade, a Albânia. Aliás, até os próprios jogadores pensaram que assim seria, que mais cedo ou mais tarde a bola acabaria por entrar. Não foi assim, e Portugal é agora, entre as selecções favoritas a vencerem o seu respectivo grupo (Itália, Inglaterra, Espanha, etc), aquela que está em pior lençóis, em situação mais difícil ainda do que França e Rep. Checa, que dependem só delas próprias para garantir o apuramento, mesmo estando atrás do primeiro.
Como seria de esperar no seguimento deste choque, publico em geral e imprensa desportiva em concreto caíram em cima do seleccionador a quem outrora chamaram de “escolha natural para o lugar, já que Mourinho não podia”. Trocando por miúdos, Carlos Queiroz era considerado, quando foi escolhido para o cargo de seleccionador, o segundo melhor treinador português da actualidade, apenas atrás do Special One (agora “Il Specialle”). Mesmo depois do desastre que foi a campanha para o mundial 94, quando estava à frente da equipa. Pensou-se: Já se passaram mais de dez anos, a FPF está hoje diferente, mais organizada, livre da célebre “porcaria”; Queiroz tem outra experiência e uma passagem bem sucedida pelo Machester. United, com inúmeros elogios de Ferguson às suas capacidades; a equipa tem qualidade mas acima de tudo um forte espírito de grupo como nunca houve. Todas estas condicionantes levaram à opção Queiroz. Acredito que hoje Madaíl caminhe para o arrependimento. Mesmo com o voto de confiança dado, Queiroz caminha sobre brasas. E, ainda pior que o resultado, que pode ter hipotecado as nossas hipóteses de estar no mundial, é a ausência de capacidade em assumir que se falhou! Faltar a um flash interview no seguimento de um resultado destes cheira sempre a medo de assumir perante os portugueses que a exibição foi fraca e que as coisas estão complicadas. Especialmente para quem tem obrigação de dar a cara nas más alturas… Acredito que nesta altura a pergunta maior seja: despedir Queiroz já, para satisfazer a opinião pública e ligar os portugueses com a selecção mas, principalmente, salvar o apuramento? Ou esperar que as coisas ainda sem resolvam e dar mais uma oportunidade ao treinador, até porque realizou apenas 5 jogos? Cá para mim, estou como um adepto espanhol que comentava uma notícia da “Marca” sobre o jogo de Portugal: “Os portugueses parece que já não sabem como é com o Queiroz. Bem se viu quando ele esteve no Real Madrid…”
sábado, 18 de outubro de 2008
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