A final dos 100 metros do Mundial de Atletismo, em Berlim, deixou no ar uma pergunta: até onde poderão ir os limites humanos? Desde que Jim Hines correu a distância abaixo dos 10 segundos pela primeira vez na história (1968), nunca o máximo mundial sofreu uma alteração tão acentuada como agora.
Usain Bolt, o jamaicano voador, tirou 16 centésimos ao recorde do mundo em apenas 15 meses, desde que bateu a marca do compatriota Asafa Powell (9,74) até domingo, onde fixou o novo máximo mundial nuns fantásticos 9,58 s. Impressiona a facilidade com que Bolt pulveriza recordes. Se nos Jogos Olímpicos de Pequim já escandalizou meio mundo ao tornar-se o primeiro a baixar os 9,70 s (e na parte final da corrida já estava mais preocupado em festejar), que dizer da sua performance em Berlim?
Uma coisa é certa: Lightning Bolt não vai ficar por aqui. Mal terminou a final, ficou no ar a sensação que de, se quissesse, o jamaicano poderia ter retirado mais uns centésimos ao recorde. O próprio já avisou que pode chegar aos 9,40. Embora pareça uma marca estratosférica, a verdade é que Bolt tem somente 22 anos e se não chegar lá será por muito pouco. A idade e as qualidades físicas ímpares (1,96 m) jogam a seu favor.
Pode pensar-se que Bolt não tem concorrência à altura, visto ser o campeão olímpico e mundial dos 100 e 200 metros (ambos com recorde). Mas é exatamente o contrário. A corrida de domingo foi a melhor da história dos 100 metros. O grande rival Tyson Gay, embora a grande distânica de Bolt, fez "apenas" a terceira melhor marca de sempre e bateu o recorde nacional dos EUA - 9,71 s. O próprio Powell fez 9,84.
Depois das duas finais de Pequim e Berlim, fica a sensação de que o velocista, ao ver que não tem rival à altura nos últimos metros, opta por deixar no ar a ideia de que ainda pode fazer melhor. E a verdade é que pode e irá continuar a bater o recorde do mundo.
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1 comentário:
Pequena correcção: tirou 16 centésims ao record, não segundos :P
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