Depois do show nos 100 metros, com a incrível marca de 9.58 segundos, Usain Bolt voltou a fazer história no Atletismo. Começam a faltar adjectivos para qualificar o jamaicano, que estabeleceu mais uma marca fantástica, agora nos 200 metros: 19.19 segundos. O velocista retirou novamente 11 centésimos ao anterior recorde, que lhe pertencia desde Pequim'2008, e deixou todos boquiabertos tal a superioridade evidenciada perante os rivais.
O ano passado, quanto pulverizou um recorde que se julgava inacessível, de Michael Johnson (19.32), caiu o carmo e a trindade. Com este novo máximo absoluto, Bolt entra definitivamente na galeria dos melhores de sempre da história do desporto. O recorde no duplo hectómetro era esperado (embora as certezas não fossem tantas devido ao cansaço do jamaicano e pelo facto de em Pequim Bolt não ter feito os últimos metros da corrida a festejar, como nos 100 metros) mas a forma como deixou os outro concorrentes para trás foi assustadora. Foi, alías, a maior vantagem de sempre na história da prova em campeonatos do mundo.
O que Bolt fez em poucos dias muito dificilmente alguém poderá fazer nos próximos anos. Ou seja, estes recordes estão aqui para durar, isto se o jamaicano deixar pois já avisou que pretende continuar nesta senda.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
O futuro pertence-lhe
As esperanças portuguesas numa medalha no Mundial de Berlim estavam todas centradas em Nelson Évora. E, mesmo não tendo revalidado o título mundial no triplo salto (o que seria inédito nesta disciplina), o atleta português conquistou a prata e esteve ao seu nível, mostrando que é um dos melhores do mundo, como aliás, tem vindo a provar nestes últimos dois anos - ouro em Osaca e Pequim.
Acredito que os portugueses - e o próprio Évora - esperassem uma medalha de ouro. Era legítimo, aliás, esse desejo de ambas as partes tendo em conta o historial recente do saltador. Mas o 2.º lugar foi uma excelente classificação, assim como Phillips Idowu foi um justo vencedor e há-que admití-lo. O britânico fez uma marca fantástica (17.73 metros) e apenas o recorde pessoal do português (17.74, em Osaca) chegaria para levar o ouro. Nem com a marca de Pequim, de 17.67 metros, Nelson Évora teria ganho a Idowu.
A final de Berlim, provou, se é que tal era necessário, que Nelson Évora e Idowu são definitivamente os dois melhores saltadores do mundo. E aqui o português leva vantagem, pois é 5 anos mais novo que o campeão mundial (30 anos). Ou seja, o futuro pertence a Évora e o título mundial voltará para o português, salvo qualquer contra-tempo. Não há, por isso, qualquer razão para esmorecimentos ou desilusões. O nosso saltador voltará, em breve, à rota das vitórias.
Acredito que os portugueses - e o próprio Évora - esperassem uma medalha de ouro. Era legítimo, aliás, esse desejo de ambas as partes tendo em conta o historial recente do saltador. Mas o 2.º lugar foi uma excelente classificação, assim como Phillips Idowu foi um justo vencedor e há-que admití-lo. O britânico fez uma marca fantástica (17.73 metros) e apenas o recorde pessoal do português (17.74, em Osaca) chegaria para levar o ouro. Nem com a marca de Pequim, de 17.67 metros, Nelson Évora teria ganho a Idowu.
A final de Berlim, provou, se é que tal era necessário, que Nelson Évora e Idowu são definitivamente os dois melhores saltadores do mundo. E aqui o português leva vantagem, pois é 5 anos mais novo que o campeão mundial (30 anos). Ou seja, o futuro pertence a Évora e o título mundial voltará para o português, salvo qualquer contra-tempo. Não há, por isso, qualquer razão para esmorecimentos ou desilusões. O nosso saltador voltará, em breve, à rota das vitórias.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Lightning Bolt
A final dos 100 metros do Mundial de Atletismo, em Berlim, deixou no ar uma pergunta: até onde poderão ir os limites humanos? Desde que Jim Hines correu a distância abaixo dos 10 segundos pela primeira vez na história (1968), nunca o máximo mundial sofreu uma alteração tão acentuada como agora.
Usain Bolt, o jamaicano voador, tirou 16 centésimos ao recorde do mundo em apenas 15 meses, desde que bateu a marca do compatriota Asafa Powell (9,74) até domingo, onde fixou o novo máximo mundial nuns fantásticos 9,58 s. Impressiona a facilidade com que Bolt pulveriza recordes. Se nos Jogos Olímpicos de Pequim já escandalizou meio mundo ao tornar-se o primeiro a baixar os 9,70 s (e na parte final da corrida já estava mais preocupado em festejar), que dizer da sua performance em Berlim?
Uma coisa é certa: Lightning Bolt não vai ficar por aqui. Mal terminou a final, ficou no ar a sensação que de, se quissesse, o jamaicano poderia ter retirado mais uns centésimos ao recorde. O próprio já avisou que pode chegar aos 9,40. Embora pareça uma marca estratosférica, a verdade é que Bolt tem somente 22 anos e se não chegar lá será por muito pouco. A idade e as qualidades físicas ímpares (1,96 m) jogam a seu favor.
Pode pensar-se que Bolt não tem concorrência à altura, visto ser o campeão olímpico e mundial dos 100 e 200 metros (ambos com recorde). Mas é exatamente o contrário. A corrida de domingo foi a melhor da história dos 100 metros. O grande rival Tyson Gay, embora a grande distânica de Bolt, fez "apenas" a terceira melhor marca de sempre e bateu o recorde nacional dos EUA - 9,71 s. O próprio Powell fez 9,84.
Depois das duas finais de Pequim e Berlim, fica a sensação de que o velocista, ao ver que não tem rival à altura nos últimos metros, opta por deixar no ar a ideia de que ainda pode fazer melhor. E a verdade é que pode e irá continuar a bater o recorde do mundo.
Usain Bolt, o jamaicano voador, tirou 16 centésimos ao recorde do mundo em apenas 15 meses, desde que bateu a marca do compatriota Asafa Powell (9,74) até domingo, onde fixou o novo máximo mundial nuns fantásticos 9,58 s. Impressiona a facilidade com que Bolt pulveriza recordes. Se nos Jogos Olímpicos de Pequim já escandalizou meio mundo ao tornar-se o primeiro a baixar os 9,70 s (e na parte final da corrida já estava mais preocupado em festejar), que dizer da sua performance em Berlim?
Uma coisa é certa: Lightning Bolt não vai ficar por aqui. Mal terminou a final, ficou no ar a sensação que de, se quissesse, o jamaicano poderia ter retirado mais uns centésimos ao recorde. O próprio já avisou que pode chegar aos 9,40. Embora pareça uma marca estratosférica, a verdade é que Bolt tem somente 22 anos e se não chegar lá será por muito pouco. A idade e as qualidades físicas ímpares (1,96 m) jogam a seu favor.
Pode pensar-se que Bolt não tem concorrência à altura, visto ser o campeão olímpico e mundial dos 100 e 200 metros (ambos com recorde). Mas é exatamente o contrário. A corrida de domingo foi a melhor da história dos 100 metros. O grande rival Tyson Gay, embora a grande distânica de Bolt, fez "apenas" a terceira melhor marca de sempre e bateu o recorde nacional dos EUA - 9,71 s. O próprio Powell fez 9,84.
Depois das duas finais de Pequim e Berlim, fica a sensação de que o velocista, ao ver que não tem rival à altura nos últimos metros, opta por deixar no ar a ideia de que ainda pode fazer melhor. E a verdade é que pode e irá continuar a bater o recorde do mundo.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Fantochada em Roma
Quem assistiu ao recente mundial de natação, que se realizou em Roma, com certeza não ficou indiferente ao exorbitante número de recordes mundiais (43) que foram batidos em cerca de uma semana. A dada altura era cada tiro, cada melro, que é como quem diz, tinhamos novos máximos absolutos a cada prova disputada.
Michal Phelps, Ryan Lochte, Aaron Peirsol, Cielo Filho, Federica Pellegrini, Britta Steffen, entre outros...com tantos astros das piscinas que passaram pelo Foro Itálico não seria de admirar que assistíssemos à queda de muitos recordes como, aliás, já tinha acontecido nos Jogos Olímpicos de Pequim, ainda que em quantidade razoável.
O problema foi quando, há cerca de dois anos, resolveu aparecer um tal de poliuretano que quis ocupar o trono da modalidade. Essa substância que reveste os fatos dos nadadores foi, sem dúvida, decisiva para a farsa a que assistimos em Roma. Não tem outro nome. Para dar um exemplo, basta ver que a edição com maior número de recordes mundiais foi em 1973, com 16. Foi quase o triplo dos recordes em 2009. E, ou muito me engano, ou seria demasiada coincidência que tal tenha acontecido apenas no primeiro mundial em que os fatos de poliuretano foram utilizados.
Não quero com isto retirar mérito absolutamente algum aos nadadores que se exibiram em Roma com estes tecidos -e que até foram bastantes. Estiveram presentes, nesta competição, atletas fantásticos, alguns pertencentes à galeria dos melhores de sempre. O mérito também é em grande parte deles. Mas quando são os próprios a admitir que os fatos lhes permitem uma maior flutuabilidade dentro de água então está tudo dito. Bem, não para a FINA, que permitiu que esta fantochada fosse para a frente.
A federação internacional de natação já fez questão de dizer que estes fatos serão banidos em Janeiro de 2010. Muito bem, concordo. Então e o que fazer com os recordes que se bateram em Roma, a maior parte deles com recurso a esta "poção mágica"? Decisão complicada:
Anulá-los, como foi feito com o recorde de Alain Bernard nos 100 metros livres antes do Mundial? Ou tapar os olhos e fazer de conta que nada se passou? Seja qual for a decisão, nunca será salomónica. Retirar todos esses máximos será desrespeitar o esforço dos atletas que estiveram em Roma e deram o seu máximo. Mantê-los será como que deixar para sempre no ar que esta edição foi uma farsa e uma anormalidade, visto que dificilmente vamos voltar a assistir a um show de recordes deste género. Em Janeiro estarei cá para ver...
No meio disto tudo ainda há espaço para fazer referencia a Phelps (sem fato...). O "Tubarão de Baltimore", depois de 6 meses sem competir, ainda foi a tempo de levar para casa 5 medalhas de ouro e uma de prata. Como dizia um jornal brasileiro, "um Phelps fora de forma conquista 6 medalhas". Imaginem se estivesse em forma então...
Michal Phelps, Ryan Lochte, Aaron Peirsol, Cielo Filho, Federica Pellegrini, Britta Steffen, entre outros...com tantos astros das piscinas que passaram pelo Foro Itálico não seria de admirar que assistíssemos à queda de muitos recordes como, aliás, já tinha acontecido nos Jogos Olímpicos de Pequim, ainda que em quantidade razoável.
O problema foi quando, há cerca de dois anos, resolveu aparecer um tal de poliuretano que quis ocupar o trono da modalidade. Essa substância que reveste os fatos dos nadadores foi, sem dúvida, decisiva para a farsa a que assistimos em Roma. Não tem outro nome. Para dar um exemplo, basta ver que a edição com maior número de recordes mundiais foi em 1973, com 16. Foi quase o triplo dos recordes em 2009. E, ou muito me engano, ou seria demasiada coincidência que tal tenha acontecido apenas no primeiro mundial em que os fatos de poliuretano foram utilizados.
Não quero com isto retirar mérito absolutamente algum aos nadadores que se exibiram em Roma com estes tecidos -e que até foram bastantes. Estiveram presentes, nesta competição, atletas fantásticos, alguns pertencentes à galeria dos melhores de sempre. O mérito também é em grande parte deles. Mas quando são os próprios a admitir que os fatos lhes permitem uma maior flutuabilidade dentro de água então está tudo dito. Bem, não para a FINA, que permitiu que esta fantochada fosse para a frente.
A federação internacional de natação já fez questão de dizer que estes fatos serão banidos em Janeiro de 2010. Muito bem, concordo. Então e o que fazer com os recordes que se bateram em Roma, a maior parte deles com recurso a esta "poção mágica"? Decisão complicada:
Anulá-los, como foi feito com o recorde de Alain Bernard nos 100 metros livres antes do Mundial? Ou tapar os olhos e fazer de conta que nada se passou? Seja qual for a decisão, nunca será salomónica. Retirar todos esses máximos será desrespeitar o esforço dos atletas que estiveram em Roma e deram o seu máximo. Mantê-los será como que deixar para sempre no ar que esta edição foi uma farsa e uma anormalidade, visto que dificilmente vamos voltar a assistir a um show de recordes deste género. Em Janeiro estarei cá para ver...
No meio disto tudo ainda há espaço para fazer referencia a Phelps (sem fato...). O "Tubarão de Baltimore", depois de 6 meses sem competir, ainda foi a tempo de levar para casa 5 medalhas de ouro e uma de prata. Como dizia um jornal brasileiro, "um Phelps fora de forma conquista 6 medalhas". Imaginem se estivesse em forma então...
quinta-feira, 25 de junho de 2009
O Rei não morreu
O adeus de um ídolo que nos últimos tempos parecia caído em desgraça e até desligado de algum público musical tem agora um efeito inverso avassalador: se for ao Youtube e visualizar o épico “Thriller” vai ver que os comentários chegam separados por meros…3 segundos!! Os vídeos póstumos são criados em catadupa e de seguida comentados por saudosos e destroçados fãs.
Michael Jackson esteve arredado dos palcos mas isso não lhe custou nem um décimo dos seguidores que hoje fizeram questão de dizer “presente”. Amanhã será tema de conversa em todos os lados e serão recordadas a sua voz fenomenal, os maravilhosos passos de dança e o seu característico e incontornável “moonwalk”.
Os mitos são imprevisíveis. Infelizmente, a pouco tempo de voltar aos palcos, o destino preparou a Michael Jackson a pior surpresa que se pode receber. Mas nomes como o cantor afro-americano e, recentemente, Paul Newman não morrem. Perduram para toda a eternidade. Alguém se vai esquecer daquela dança conjunta com Zombies em “Thriller”?
Michael Jackson esteve arredado dos palcos mas isso não lhe custou nem um décimo dos seguidores que hoje fizeram questão de dizer “presente”. Amanhã será tema de conversa em todos os lados e serão recordadas a sua voz fenomenal, os maravilhosos passos de dança e o seu característico e incontornável “moonwalk”.
Os mitos são imprevisíveis. Infelizmente, a pouco tempo de voltar aos palcos, o destino preparou a Michael Jackson a pior surpresa que se pode receber. Mas nomes como o cantor afro-americano e, recentemente, Paul Newman não morrem. Perduram para toda a eternidade. Alguém se vai esquecer daquela dança conjunta com Zombies em “Thriller”?
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Batata quente nas mãos da FIA
A crise (não propriamente a financeira, embora também tenha influência nesta) está definitivamente instalada na Fórmula 1. A FIA, que organiza o Campeonato do Mundo da modalidade, não abdica dos seus princípios que é, como quem diz, de um tecto orçamental para as escuderias que vão participar na próxima edição da Fórmula 1: 45 milhões de euros para salários e liberdade técnica ou tecto orçamental para o desenvolvimento do carro e liberdade de salários. A FOTA, a associação das equipas da Fórmula 1, não aceitou nenhuma destas condições, nem mesmo o limite orçamental de 100 milhões que o patrão da FIA propôs, e vai avançar com um campeonato paralelo, o que ao mesmo tempo significa concorrência para a entidade regulador do desporto automóvel. Já ouvi amantes da modalidade dizerem que os tectos orçamentais são positivos e necessários, na medida em que vão possibilitar o regresso de equipas míticas e dar mais possibilidades às escuderias menos poderosas do ponto de vista económico. Portanto, traria mais competitividade aos Grandes Prémios. Outros dizem que a F1 é o campeonato das equipas de elite e que os tectos orçamentais iriam arruinar o espírito da Fórmula 1. Por outro lado, os argumentos da Federação Internacional de Automobilismo, para quem é necessário conter os gastos em tempo de crise e daí a imposição de um tecto orçamental, dão também o reverso da medalha. Sinceramente, não sei quem terá razão neste imbróglio. Mas numa coisa não tenho dúvidas: a F1 vai passar pior se vir, efectivamente, 8 equipas da FOTA avançaram para um campeonato paralelo, do que passaria se permitisse “livre” contenção de gastos às equipas. Se analisarmos bem, as escuderias “desertoras” são só a Ferrari, a McLaren, BMW, Renault, Brawn GP, Toro Rosso, Red Bull e Toyota. Das principais, fica apenas a Williams na competição da FIA. As grandes estrelas, Button, Hamilton e outros, não vão abandonar as suas equipas, mesmo que estas abandonem a F1. Não faz sentido, até porque são as melhores e num campeonato concorrencial não têm limite salarial. E, acima de tudo, continuam a competir com os melhores.
domingo, 7 de junho de 2009
Super atleta tem limites
A final de Roland Garros deste ano reservou uma meia surpresa. E acabou por ser do lado de quem menos se esperava. A eliminação de Nadal na 3º ronda, apesar de chocante, tem explicações. O número um mundial tem sido sujeito a um esforço tremendo, fruto do seu estilo de jogo mais “pesado” e que exige uma enorme disponibilidade física. A derrota no Torneio de Hamburgo, se não estou em erro, com Federer já podia servir de indício, depois de uma meia-final desgastante. Nadal não vai cair com a sua primeira derrota de sempre em Roland Garros, mas viu-se que aquele super-atleta tem limites. Por outro lado, também há que dar mérito a Soderling, que confirmou depois que a vitória sobre o espanhol não foi obra do acaso. Eliminar González também não é para todos. Quem saiu a rir (hoje se verá se tinha razão) foi Federer que, sem a sua besta negra pela frente, tem a possibilidade de igualar Sampras. “Fedexpress”, que já confessou o seu nervosismo antes dos jogos, é favorito mas…vai ter de suar frente a um adversário motivadíssimo. É a grande oportunidade para o suíço vencer o open de Paris, visto que para o ano Nadal deverá estar de volta à final do seu torneio de eleição
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Maior proeza...so far
Fantástico! Michelle surpreendeu tudo e todos ontem, ao eliminar a 15º do ranking, tornando-se a primeira tenista portuguesa a jogar a 3º ronda de um Grand Slam. No início de Roland Garros, Michelle já era a tenista lusa mais jovem de sempre a disputar um dos quatro torneio principais do circuito, superando os 18 anos que Nuno Marques tinha quando disputou o US Open. Depois de uma performance no Estoril Open que, mesmo com vitória épica na 2º ronda do qualifyng, acabou por ser criticada, a menina-prodígio fez ontem o melhor resultado da sua carreira e um dos melhores de sempre do ténis português. Se havia dúvidas, Michelle confirmou que tem capacidade para chegar bem mais longe. Por enquanto, o top-100 espera-a. Se o nervosismo e a inexperiência já a traíram diversas vezes, a garra e a qualidade (aos 16 anos, tem uma pancada já bastante forte) que tem permitem que faça coisas como as de ontem. Amanhã, mais um duelo com Aravane Rezai, que a eliminou em Miami. Acima de tudo, que desfrute do jogo. Quando assim é, os nervos desaparecem e a qualidade vem ao de cima.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Ganhar estaleca
Um dia depois de Frederico Gil ser eliminado por David Ferrer, Michelle e Rui Machado puseram, pela primeira vez, dois portugueses na 2º ronda de Roland Garros. Apesar de ser o melhor classificado entre os três, não foi nenhuma desonra para Gil ter ficado logo pelo caminho na primeira ronda. O adversário que lhe calhou em mãos era só o 14º do mundo e alcançou há pouco tempo a final do Torneio de Barcelona. Rui Machado também encontrou um tenista mais cotado mas ainda assim bem mais acessível. O que não lhe retira qualquer mérito á vitória, que conquistou com muito suor – mais de três horas de jogo. Já Michelle Brito tornou-se a primeira tenista portuguesa a passar a primeira ronda do torneio parisiense. Também frente a uma tenista com melhor ranking e depois de ter perdido o primeiro set por 6-0. À menina-prodígio, apesar do talento, falta-lhe controlar as emoções dentro do court, o que é compreensível dada a sua idade. A própria Michelle já admitiu que entra nervosa e isso afecta o seu rendimento. Mas é em palcos como Roland Garros que irá adquirir mais fibra e tornar-se numa melhor jogadora. Ninguém lhe pede que seja uma Martina Hingis ou Sharapova, atletas que antes de completarem 18 anos já tinham vencido pelo menos um dos quatro Grand Slam. Contudo, vai com certeza dar muitas alegrias ao ténis português. E calar os que a criticaram depois do Estoril Open.
domingo, 17 de maio de 2009
Olhanense volta à primeira divisão
Vou hoje abrir uma excepção, não só porque vou falar de futebol mas também porque à primeira vista posso estar a dar um pontapé na imparcialidade.Mas esta situação não me deixou indiferente, nem por sombras.
Pois bem, abro este post para me referir à vitória do Olhanense e consequente promoção do clube à primeira divisão, 35 anos depois. A festa foi rija durante a tarde e promete continuar noite fora.
Em primeiro lugar, é fantástico para a região, que volta a ter um clube na liga principal depois do Farense. Em segundo lugar, para a própria cidade, que pode desfrutar da visibilidade que a equipa local vai ter no próximo ano e continuar a sua expansão.
Um subida justa – o Olhanense andou nos lugares de subida durante praticamente toda a campanha –, que tem a mão de vários intervenientes: desde o presidente Isidoro Sousa, que criou um projecto sólido com vista a colocar o clube na liga Sagres e antecipou esse objectivo, inicialmente projectado para 2009/2010; o treinador Jorge Costa, que pegou num clube que esteve perto de subir nas duas últimas temporadas mas falhou perto do fim; e, como é óbvio, os jogadores, que constituíram um plantel que juntou a experiência de atletas como Djalmir, Rui Duarte ou Toy com jovens promessas como Ukra, Castro ou João Gonçalves. A política de empréstimo de jogadores junto dos grandes deu resultado e espera-se que a direcção consiga manter não só essas promessas como o próprio técnico.
Agora, vem o mais difícil: consolidar o clube no principal escalão do futebol nacional e evitar o futuro que alguns arautos da desgraça prevêem na senda do Farense. Mas é indiscutível que os responsáveis têm um projecto nesse sentido, desde o novo complexo desportivo, que permitirá uma maior aposta na formação, passando por um investimento de marketing no Kit do clube.
Pois bem, abro este post para me referir à vitória do Olhanense e consequente promoção do clube à primeira divisão, 35 anos depois. A festa foi rija durante a tarde e promete continuar noite fora.
Em primeiro lugar, é fantástico para a região, que volta a ter um clube na liga principal depois do Farense. Em segundo lugar, para a própria cidade, que pode desfrutar da visibilidade que a equipa local vai ter no próximo ano e continuar a sua expansão.
Um subida justa – o Olhanense andou nos lugares de subida durante praticamente toda a campanha –, que tem a mão de vários intervenientes: desde o presidente Isidoro Sousa, que criou um projecto sólido com vista a colocar o clube na liga Sagres e antecipou esse objectivo, inicialmente projectado para 2009/2010; o treinador Jorge Costa, que pegou num clube que esteve perto de subir nas duas últimas temporadas mas falhou perto do fim; e, como é óbvio, os jogadores, que constituíram um plantel que juntou a experiência de atletas como Djalmir, Rui Duarte ou Toy com jovens promessas como Ukra, Castro ou João Gonçalves. A política de empréstimo de jogadores junto dos grandes deu resultado e espera-se que a direcção consiga manter não só essas promessas como o próprio técnico.
Agora, vem o mais difícil: consolidar o clube no principal escalão do futebol nacional e evitar o futuro que alguns arautos da desgraça prevêem na senda do Farense. Mas é indiscutível que os responsáveis têm um projecto nesse sentido, desde o novo complexo desportivo, que permitirá uma maior aposta na formação, passando por um investimento de marketing no Kit do clube.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Perdedora com sorte
Depois da maratona de 4 horas a que se sujeitou no segundo jogo do qualifyng para o Estoril Open, Michelle Brito acabou por ter a recompensa. Mesmo perdendo no jogo seguinte com Elena Bovina – que diferença de altura para com a portuguesa!! – Michelle acabou por ser uma “lucky loser”, ou seja, foi repescada para o quadro principal da prova. Isto fruto da desistência de outra tenista e por Michelle ter o melhor ranking entre as eliminadas na última ronda.
Lembro que a tenista portuguesa recusou o “wild card” de João Lagos, o organizador do torneio, para entrar directamente no quadro principal, exactamente por querer disputar o “qualifyng” para obter mais pontos. Juntamente com o talento, a sorte acabou por sorrir a Michelle Brito. Agora é disfrutar, sabendo que vai contar com o apoio intensivo do público, como tem sido nos últimos dias.
Já Rui Machado e Neuza Silva foram eliminados, mas não envergonharam, antes pelo contrário. Neuza esteve até perto de vencer a principal cabeça de série do Estoril Open mas fraquejou no final e Rui Machado perdeu com o 69º do mundo. Fica a faltar o jogo mais aguardado. O serviço está agora do lado de Frederico Gil.
Lembro que a tenista portuguesa recusou o “wild card” de João Lagos, o organizador do torneio, para entrar directamente no quadro principal, exactamente por querer disputar o “qualifyng” para obter mais pontos. Juntamente com o talento, a sorte acabou por sorrir a Michelle Brito. Agora é disfrutar, sabendo que vai contar com o apoio intensivo do público, como tem sido nos últimos dias.
Já Rui Machado e Neuza Silva foram eliminados, mas não envergonharam, antes pelo contrário. Neuza esteve até perto de vencer a principal cabeça de série do Estoril Open mas fraquejou no final e Rui Machado perdeu com o 69º do mundo. Fica a faltar o jogo mais aguardado. O serviço está agora do lado de Frederico Gil.
"King" James
Tem 24 anos e foi considerado o MVP da época regular, assim como o segundo melhor defensor da temporada. Na parte de trás do seu “jersey” ostenta o nº23. Não, não é o 23 mais célebre da história, mas este também tem vindo a fazer história. É de LeBron James quem falamos. Hoje tornou-se o vencedor mais jovem de sempre do troféu de homem mais valioso da NBA e continua a quebrar recordes, depois de se ter tornado há tempos o mais novo a chegar aos 12 mil pontos. Mas se fossemos falar dos recordes de “King” James nunca mais isto acabava. Para saberes esses dados tens o site da NBA e a wikipédia. O que interessa aqui é que LeBron é cada vez mais a figura da NBA, tal como em tempos o foi Michael Jordan. E, como é habitual, as comparações sucedem-se. Não só com Jordan, mas com outros monstros da modalidade, como “Magic” Johnson e Óscar Robertson, atletas que reinaram no seu tempo e, acima de tudo, eram jogadores completos. Tal como James é. As suas médias comprovam-no – 27,5 pontos, 7 ressaltos e 6,7 assistências por jogo. Este ano, ameaça levar de vez os Cleveland Cavaliers ao seu primeiro título, na sua sexta época como profissional. Jordan, por exemplo, levou os Bulls ao seu primeiro título na sua sétima época na liga. A partir daí foi o que se sabe. Não quero com esta comparação fazer qualquer tipo de futurologia, dando a entender que James fará com os Cavs o mesmo que Jordan fez com os Bulls. Até porque Jordan só há um, não só pelos números e títulos que obteve na carreira mas principalmente pela classe, elegância, determinação e importância que teve na projecção da modalidade. Mas no trono que Jordan deixou vago, nunca ninguém se aproximou tanto da sucessão como LeBron. Nem mesmo Kobe.
domingo, 3 de maio de 2009
Uma final na primeira ronda
O sorteio do Estoril Open não foi generoso para Frederico Gil. O adversário que lhe calhou em mãos, James Blake, é só o número 16 do mundo e o 4º cabeça de série no Jamor. Mas como disse há uns dias, a questão da motivação pode ser importante. Para além de jogar em casa, Gil ainda vem de uma grande prestação num challenger, onde apenas perdeu na final para Gaston Gaudio, que em tempos andou pela elite mundial e chegou a vencer Roland Garros em 2004 e o…Estoril Open. Blake, esse, já teve melhores dias também (esteve no top-5 em 2006) e o pó de tijolo não é o seu terreno favorito. Ainda assim, não deixa de ser um opositor dificílimo para Gil. Se vencer, o tenista português pode embalar para uma grande prestação nesta competição.
Já Gastão Elias prossegue a sua saga no qualifyng e está apenas a uma vitória da entrada no quadro principal. Seria excelente que se juntasse a Gil e Rui Machado.
Michelle também venceu ontem e está confiante nas suas futuras prestações:
http://www.record.pt/noticia.aspx?id=96e886a3-f292-4867-a009-041abe81b65b&idCanal=114e7ca2-d72f-44fb-9c4a-880172108daf
Já Gastão Elias prossegue a sua saga no qualifyng e está apenas a uma vitória da entrada no quadro principal. Seria excelente que se juntasse a Gil e Rui Machado.
Michelle também venceu ontem e está confiante nas suas futuras prestações:
http://www.record.pt/noticia.aspx?id=96e886a3-f292-4867-a009-041abe81b65b&idCanal=114e7ca2-d72f-44fb-9c4a-880172108daf
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Épico!
Arriscou em quantos prolongamentos ontem, no Celtics-Bulls? Um? Dois? Pois bem, foram três prolongamentos e o melhor jogo de basquetebol a que assisti. Foi o quarto jogo em seis com tempo extra, três deles com vitória dos Bulls, que só venceram nesta série para lá do 4º período. Emotividade, espectáculo (Noah rouba uma bola decisiva a Paul Pierce no último prolongamento e termina a afundar de forma espectacular, tirando a sexta falta ao capitão dos Celtics), picardias, etc. O jogo teve de tudo. Inclusive um grande Ray Allen, que acabou com 51 pontos – nove triplos – e parecia capaz de marcar tudo o que fosse cestos decisivos em cima do apito final. A equipa de Chicago é bastante jovem, mas tem garra para dar e vender e tem batido o pé com firmeza aos campeões. Fica a questão: se Kevin Garnett estivesse presente, Boston teria tido todas estas dificuldades? Talvez não. Mas muito mérito também para os Bulls. A perder por quase dez pontos nos minutos finais do quarto período e com a eliminação à vista, foram buscar forças (aqui Brad Miller foi decisivo, depois de Derrick Rose ter feito uma primeira parte excepcional e John Salmons coleccionado 35 pontos) para se manterem vivos na eliminatória. Enfim, quatro horas de duração, um resultado final de 127-128 e decisão adiada para amanhã sobre quem acompanha Orlando nas meias-finais. E com direito a prolongamento, claro.
Estoril Open
A um dia do início do Estoril Open, Frederico Gil e Rui Machado defrontam-se hoje nos quartos de final do Tunis Open. Ou seja, um português estará necessariamente na meia-final e daí é um “pequeno” passo para o jogo decisivo do Torneio. È certo que este é um Challenger, categoria abaixo de um torneio ATP – que Gil tem como objectivo vencer um dia –, mas não é todos os dias que dois portugueses se evidenciam num torneio internacional, numa modalidade que historicamente não tem muitas razões para sorrir em Portugal, se comparada com o futebol ou o hóquei em Patins. Uma boa prestação poderá também galvanizar ainda mais os dois atletas para o Estoril Open, onde Frederico Gil tem aspirações. Os adversários, como David Nalbandian ou Gasquet, são cotados, mas sonhar não custa. Um atleta motivado, como é o caso de Gil, pode superar-se nos momentos mais importantes.
Em entrevista ao jornal Record, o tenista português reitera o desejo de vencer o torneio um dia, mas não se considera ainda o melhor português de sempre, pelo menos em termos exibicionais:
http://www.record.pt/noticia.aspx?id=ebb45cff-257c-4d31-88dc-5e6f08761cdc&idCanal=00000117-0000-0000-0000-000000000117
Em entrevista ao jornal Record, o tenista português reitera o desejo de vencer o torneio um dia, mas não se considera ainda o melhor português de sempre, pelo menos em termos exibicionais:
http://www.record.pt/noticia.aspx?id=ebb45cff-257c-4d31-88dc-5e6f08761cdc&idCanal=00000117-0000-0000-0000-000000000117
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Arriscar...só apenas no número de prolongamentos
Começa dentro de instantes o sexto jogo de umas das séries do playoff da NBA mais sensacionais dos últimos anos. Boston e Chicago, segundo e sétimo classificados na conferência, respectivamente, têm proporcionado espectáculos fantásticos, onde é impossível prever o desfecho. Olhando para todos os jogos, salta à vista que apenas o terceiro não foi decidido no último segundo ou no prolongamento. Senão, vejamos: Bulls vencem logo a abrir a série, numa partida com dois prolongamentos; no jogo seguinte, Ray Allen decide com um triplo quando faltavam 2 segundos; no quarto duelo, Chicago vence com dois prolongamentos e no último é Boston quem leva a melhor após…prolongamento. Esta é já a série com mais prolongamentos em toda a história da NBA. Só por aí se vê a emotividade que tem andado à volta de cada jogo. E arriscar um vencedor hoje é um autêntico tiro no escuro.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Pleno no campeonato não significa título nos playoffs
Com a 30º vitória em 30 jogos, a equipa de basquetebol do Benfica fez o pleno esta época. Algo fantástico e inédito, pois nem a maravilhosa equipa da Luz da década passada, com Carlos Lisboa como figura de proa, conseguiu tal feito. Para muitos, o título é apenas uma formalidade nos playoffs, tal a superioridade encarnada evidenciada na fase regular. Desenganem-se. Os playoffs, como disse há uns posts atrás, são uma competição à parte. É verdade que o Benfica é o grande favorito, não só pelo o que demonstrou ao longo da época mas pelo plantel que tem. Mas numa fase a eliminar, um jogo mal sucedido pode deitar tudo a perder e, em caso de derrota, que seria a primeira, os jogadores têm de saber encará-la como natural. Pior que perder um jogo por ser a primeira derrota, é fazer disso um drama e ver, consequentemente, o desmoronar de todo o trabalho que foi feito até aí. Afirmo que o pior inimigo do Benfica nestes playoffs é… o próprio Benfica. Contudo, se a equipa encarar com o máximo de seriedade esta fase, tem tudo para voltar a trazer o troféu de campeão nacional para casa. A começar pelo FC Porto que, apesar de um modesto 8º lugar, não é uma equipa qualquer e a qualquer deslize do Benfica pode fazer mossa, como (quase) se viu este fim-de-semana. Além do mais, derbi é derbi, seja em que modalidade for.
PS: Na NBA, os Bulls estão a ser a maior surpresa. 2-2 contra os campeões Celtics e, com mais um jogo em casa, podem levar a série à “negra”. E aí tudo é possível. Por outro lado, os Magic vingaram-se dos Sixers e devolveram o amargo de boca que é uma derrota no último segundo. Hedo Turkoglu foi o herói. Assim, série empatada a dois jogos e tudo em aberto, apesar do factor casa regressar a Orlando.
Venha de lá o quinto consecutivo
Começa a tornar-se repetitivo mas a verdade é que Rafael Nadal continua a varrer a concorrência. Então quando em terra batida, como é nesta altura do circuito, nem se fala. Não admira, tendo em conta que detém o recorde de vitórias neste tipo de terreno e não se vislumbra quem lhe quebre esta hegemonia. Além disso, Nadal tem uma característica que muitos que andam no topo não têm: humildade. Mesmo quando ganha (o que acontece na grande maioria das vezes…) faz questão de elogiar o adversário e, principalmente, reconhece-lhes qualidades, o que faz com que raramente perca a concentração. Quando defronta adversários menos credenciados e que se empolgam por jogar contra o número um – como Frederico Gil –, Nadal mantém sempre o nível elevado. Essa é a principal virtude dos campeões. Quererem sempre mais. Por isso Nadal venceu pela quinta vez consecutiva os torneios de Monte Carlo e Barcelona e caminha a passos largos para a quinta vitória em Roland Garros, recorde absoluto. Para quem gosta de estatística e quiser apostar na vitória do maiorquino em Paris, então fique a saber que Nadal nunca perdeu sequer um jogo em Roland Garros.
sábado, 25 de abril de 2009
Quanto vale uma boa defesa?
Assisti ontem à noite ao terceiro jogo da série que opõe Orlando Magic e Philadelphia 76Sixers e constatei o que se tem passado nestes playoffs da NBA: equilíbrio, com muitas surpresas à mistura. Começou com os campeões Celtics, que entraram no playoff a perder em casa (ontem recuperaram o factor casa ao vencer os Bulls em Chicago); a vantagem de 3-1 para Dallas contra os Spurs, que perderam um jogo no seu terreno; a vitória dos Portland em Houston; e ontem de madrugada, um cesto nos segundos finais deu vantagem a Philadelphia na série contra uma equipa que terminou em terceiro na conferência Este e conta com Dwight Howard, por exemplo. Deu para ver que, chegada esta altura do campeonato, talento e um bom ataque podem não chegar. Sangue e suor, isto é, uma boa defesa, fazem a diferença nesta fase. E Philadelphia exemplifica essa forma aguerrida de jogar. Há uns anos, Allen Iverson emprestava a sua magia e pontos à equipa e atrás de si tinha “carregadores de piano” que o ajudaram a ir à final. De qualquer forma, este não será o ano dos Sixers. Apenas utilizei a sua actuação no jogo de ontem para fazer crer que nem sempre com talento se garantem títulos. Como diz o chavão, o ataque ganha jogos e a defesa campeonatos.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Título Olímpico não é tudo
Telma Monteiro deu mais um pontapé nas críticas de que foi alvo no Verão passado. Depois de se classificar em 9º lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim, um resultado que acabou por ficar abaixo das expectativas, Telma venceu hoje o Campeonato Europeu, na Geórgia. Pela terceira vez consecutiva, a juntar às vitórias de 2006 na Finlândia e de 2007 na Sérvia. Este ano, e já na categoria de -57kg, venceu também a etapa de Sófia na Taça do Mundo, a sétima da carreira. À melhor judoca portuguesa da actualidade apenas lhe falta um grande resultado nas Olimpíadas, mas convém lembrar que não é por não alcançar esse objectivo que todo o seu trajecto deve ser posto em causa. A atleta do Benfica já conquistou muitos e importantes títulos que elevaram ao patamar mais alto o judo português. Seria injusto criticar Telma pelo seu desempenho não ser o mesmo durante os poucos dias do torneio olímpico de judo, em contraponto com o percurso recheado de conquistas.
Este gaulês está louco!
Quando se olha para a compleição física de Alain Bernard, não é possível imaginar que o nadador francês era “só ossos”, nas palavras do seu treinador. Oito anos se passaram e Bernard é, literalmente, um monstro da modalidade. Desde Março de 2008, já bateu o recorde dos 100 metros livres por quatro vezes e estabeleceu ontem o novo máximo mundial, pela primeira vez abaixo dos 47 segundos (46,94s). Até ao ano passado, a lenda Peter Van den Hoogenband detinha o recorde da especialidade desde 2000. Agora, aos 26 anos, chegou a vez de Bernard, também campeão olímpico em Pequim. Juntamente com Eamon Sullivan, tem disputado o trono dos 100 metros numa espécie de “ora bates tu o record, ora bato eu”. Na final de hoje dos campeonatos de França, e ao ritmo a que os recordes se têm sucedido, Alain Bernard pode voltar a nadar abaixo da marca dos 47s. Não seria uma novidade se tal acontecesse.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
O protegido de Schumacher
Chama-se Sebastian Vettel e é uma estrela emergente na Fórmula 1. Aos 21 anos, o piloto da Red Bull tem vindo a quebrar recordes: piloto mais jovem de sempre a participar numa corrida de F1, com 19 anos; a pontuar numa corrida de estreia, no Grande Prémio de Indianápolis de 2007; a vencer um Grande Prémio, também com 21 anos, em Monza, na época passada. Há dois dias, venceu em Xangai e contrariou o favoritismo dos pilotos da Brawn GP que, com a ajuda dos novos difusores, “limparam” a concorrência nas duas primeiras provas.
Ainda é cedo para prognósticos e a concorrência (Jenson Button, Rubens Barrichelo, Lewis Hamilton, Fernando Alonso) é feroz, mas Vettel pode quebrar esta época um outro recorde: o de campeão mais jovem de sempre da F1, que pertence a Hamilton.
Ainda é cedo para prognósticos e a concorrência (Jenson Button, Rubens Barrichelo, Lewis Hamilton, Fernando Alonso) é feroz, mas Vettel pode quebrar esta época um outro recorde: o de campeão mais jovem de sempre da F1, que pertence a Hamilton.
sábado, 18 de abril de 2009
Começa o Showtime
Começam esta noite os playoffs da NBA, seguramente um dos maiores espectáculos à face do planeta. Lakers, Celtics e Cavaliers partem como favoritos, não só pela qualidade e resultados obtidos ao longo da época regular, como pelo desempenho na época passada. Mas os playoffs são uma competição à parte, onde tudo pode acontecer. Basta lembrar que LeBron James levou os Cavaliers à final em 2007 quando ninguém esperava. Ainda assim, não parece haver margem para grandes surpresas este ano. Lakers e Cleveland contam com os dois melhores jogadores da NBA, Kobe Bryant e LeBron James, enquanto que Boston defende o título mas sem o lesionado Garnett. Fora deste trio, apenas os Spurs parecem capazes de fazer uma pequena gracinha.James atravessa, aos 24 anos, a melhor fase da carreira e apenas lhe falta um título para se elevar mais alto na história da modalidade. Este ano tem tudo para o fazer.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Estoril Open
Rui Machado junta-se a Frederico Gil e Michelle Brito no clã português que vai disputar o Estoril Open. Depois da vitória no Challenger de Atenas e da subida ao lugar 129 do Ranking ATP, é mais um prémio para a excelente performance de Machado, que sonha com o Top 100.
Regresso ao passado
A vitória da selecção portuguesa de hóquei em patins no Torneio de Montreux teve uma importância tremenda, mesmo não se tratando de um europeu ou mundial. É que há seis anos que Portugal não vence uma competição internacional e tarda em voltar a ter o domínio da modalidade (embora seja ainda a selecção com mais mundiais e europeus conquistados). Com efeito, este século tem sido dos vizinhos espanhóis – cinco europeus e três mundiais, contra somente uma vitória no campeonato do mundo para Portugal, em 2003.
A três meses do mundial de Vigo, este triunfo pode servir de tónico moralizador. É verdade que a selecção espanhola usou a sua segunda linha em Montreux, mas tal não serve para tirar o mérito da vitória da equipa portuguesa, que há bem pouco tempo passou por um processo de renovação. E aí há que dar crédito ao seleccionador, Luis Sénica.
A três meses do mundial de Vigo, este triunfo pode servir de tónico moralizador. É verdade que a selecção espanhola usou a sua segunda linha em Montreux, mas tal não serve para tirar o mérito da vitória da equipa portuguesa, que há bem pouco tempo passou por um processo de renovação. E aí há que dar crédito ao seleccionador, Luis Sénica.
Vencer Monteux não significa que vamos vencer o Mundial de Julho. Mas foi um bom sinal se tivermos em conta que a selecção não vencia esta competição há 12 anos. Ente 1997 e 2009 só deu…Espanha.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Torpedo de Aveiro
Depois de bater dois recordes (100 metros mariposa e 400 metros estilo) nacionais e garantir cinco mínimos para os Mundiais de Roma, Diogo Carvalho fez um brilharete mais tarde. No Open de Espanha, o nadador do Galitos venceu duas medalhas de ouro – nos 200 metros mariposa e nos 200 metros estilo, a última delas recorde ibérico, com 1.59,95. Para além disso, quebrou dois recordes nacionais e conseguiu dois máximos individuais. Depois da presença em Pequim e do amargo de boca por ter ficado a um décimo do pódio no Mundial do ano passado, chegou a consagração.
Se por um lado Diogo mostra ambição em querer fazer melhor, por outro sabe que o nível da natação portuguesa ainda está longe do topo mundial. Nadadores da categoria de Phelps ou Bernard são, neste momento, inalcançáveis para os nossos atletas. Mas são jovens valores como Diogo Carvalho ou Diana Gomes que nos fazem olhar para o futuro com um sorriso.
PS: Frederico Gil continua numa forma fantástica. Hoje eliminou Ivan Ljubicic, apenas dois lugares acima de Gil, mas que em 2006 estava no…Top 3 do Ranking ATP. Nos quartos de final segue-se Alberto Montanes, 3º cabeça-de-série do torneio.
Se por um lado Diogo mostra ambição em querer fazer melhor, por outro sabe que o nível da natação portuguesa ainda está longe do topo mundial. Nadadores da categoria de Phelps ou Bernard são, neste momento, inalcançáveis para os nossos atletas. Mas são jovens valores como Diogo Carvalho ou Diana Gomes que nos fazem olhar para o futuro com um sorriso.
PS: Frederico Gil continua numa forma fantástica. Hoje eliminou Ivan Ljubicic, apenas dois lugares acima de Gil, mas que em 2006 estava no…Top 3 do Ranking ATP. Nos quartos de final segue-se Alberto Montanes, 3º cabeça-de-série do torneio.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
O português corajoso
A vitória moral de Frederico Gil no duelo com Rafael Nadal valeu-lhe rasgados elogios da imprensa espanhol e do próprio site do ATP Tour pelas dificuldades que criou ao número um mundial. Se ganhar a “rafa” era à partida uma miragem, o equilíbrio que pautou o primeiro set foi bem real. Gil esteve perto de roubar um set ao melhor do mundo mas Nadal puxou dos galões para fazer o 5-5 e mais tarde fechar o parcial, encerrando as possibilidades do tenista luso. Ficou a experiência de jogar pela primeira vez a terceira ronda da competição mais importante do ténis mundial a seguir aos quatro Grand Slam, assim como o desejo de que este não seja um acontecimento isolado. A subida ao lugar 70 do ranking ATP traz obrigações acrescidas a Gil, de quem se espera agora que repita os resultados do Torneio de Miami. Para isso, é preciso um investimento significativo do ténis nacional para voltarmos a ver jogadores portugueses entre os melhores. E Gil coloca o dedo na ferida: a profissionalização do ténis português é urgente, a começar pelos seus dirigentes.
Entrevista Frederico Gil ao Jornal Record:
http://videos.sapo.pt/OR2LoT9zV05JI3ztE4Ze
Entrevista Frederico Gil ao Jornal Record:
http://videos.sapo.pt/OR2LoT9zV05JI3ztE4Ze
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